A primeira vez que tive a oportunidade de conversar pessoalmente com uma trans, me deixou mais motivada e ao mesmo tempo um tanto preocupada para iniciar a transição. Foi através de uma amiga do peito que consegui o contato dela, precisava ver com meus próprios olhos o resultado ainda em andamento.
Na época, um ano e meio atrás, nossas realidades eram muito diferentes e assim continuam. A vida noturna que ela levava, para mim, sequer é uma remota possibilidade.
Na despedida, após uma tarde inteira de conversa, desejei boa sorte àquela pessoa, mas não precisava dizer isso.
Naturalmente descobri o meu amuleto, mas diferente da história ímpar daquela pessoa, não foi num momento de dificuldade e sim de extrema leveza.
Embora ele dê poder somente à mim, percebo sua energia se espalhar, contagiando muitos ao meu redor, principalmente aqueles com quem convivi antes do meu renascimento.
Tentei procurá-la mais uma vez, no final do ano passado, em vão. Quem sabe um dia nos encontraremos novamente, e nesta oportunidade eu possa mostrar meu amuleto, meu sorriso felicidade, que ela ainda não sabe, me ajudou a encontrá-lo!
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